domingo, 14 de dezembro de 2008

Casal tem apiário itinerante

José Renato de A. Prado - Jornal Comércio do Jahu

O casal Lúcia e José Primo Fogolin, 49 e 61 anos respectivamente, tem na apicultura a única fonte de renda familiar. Residentes em Bocaina, eles exploram a atividade há 18 anos, de uma maneira peculiar: o apiário é itinerante. As colméias são transportadas para várias regiões do Estado, de acordo com a época das floradas da laranja, do eucalipto, da cana-de-açúcar e da flora silvestre. “Não somos fixos”, diz o apicultor “Migramos para poder viver só da abelha. Quando há uma florada de eucalipto em determinada região, por exemplo, arrendamos área próxima e instalamos parte de nossas colméias”, explica. “Na florada da laranja, deslocamos nossas caixas para uma região produtora.” Os apicultores arrendam áreas não agricultáveis para montar as colméias: beiras de pasto ou Áreas de Preservação Permanente (APP), uma vez que a exploração melífera não traz nenhum dano ambiental. Ao contrário, favorece sobremaneira a polinização. O pagamento aos proprietários das terras é feito em dinheiro ou em mel. Os Fogolin possuem 500 colméias artificiais com enxames da abelha europa e produzem, em média, 12,5 mil quilos de mel por florada. Cada colméia possibilita a extração de 25 quilos de mel. Costumam tirar o produto de até três floradas ao ano. Atualmente, estão com áreas arrendadas em Bocaina, Botucatu e Bofete. CentrífugaTodo o manejo e a retirada do mel são feitos pelos dois. “Nós vamos até o local, colhemos os favos cheios, substituímos por vazios e trazemos a produção para Bocaina, onde temos nosso quarto de mel, limpo, azulejado, para trabalharmos na extração”, diz Fogolim. O produto é colocado em centrífuga, equipamento utilizado para retirar o mel de dentro dos favos.” (JRAP)

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