segunda-feira, 22 de junho de 2009

"Preço mínimo do café é uma vergonha" diz cafeicultor

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A cafeicultura brasileira continua pedindo socorro. Cafeicultores afirmam que já começam a demitir colhedores de café, devido aos baixos rendimentos e falta de acordo para o pagamento das dívidas, o que possibilitaria que eles conseguissem créditos nos bancos.

Segundo o cafeicultor Silvio Altrão Nisizaki, os acordos que os produtores tentaram com os governos ainda não tiveram respostas, assim, eles estão se unindo para seguirem em marcha a Brasília e reivindicarem melhorias.

“Estivemos reunidos em Varginha traçando algumas decisões que vamos tomar daqui para frente”. Nisizaki afirma que vai faltar café se nenhuma medida for tomada.

O café brasileiro ainda é comercializado abaixo do custo de produção, que prejudica os negócios dos produtores. “Se nada for feito até julho, tenha certeza que os cafeicultores não iram conseguir chegar até julho nessa safra”.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Cobertura de palha da cana reduz em 50% o uso de potássio

Atualmente 50% do potássio das plantações de cana-de-açúcar pode ser reposto pela cobertura da palha deixada no campo após o corte da cana. “A medida reduz a aplicação e os gastos com fertilizantes nos canaviais”, avalia o presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana), Ismael Perina, que participou na manhã desta terça-feira (9) do Workshop Intergovernamental sobre a Cana e Diversificação, em Ribeirão Preto.
Perina acrescenta que 65% da colheita da cana na região centro-sul já é mecanizada, reduzindo drasticamente as queimadas da palha e seus efeitos no meio ambiente. Ele informou ainda que cerca de 75% da frota de aviões agrícolas são movidos a etanol, provenientes das próprias usinas, medida que minimiza os custos na propriedade.
Outro fator apontado pelo presidente da Orplana são os ganhos de produtividade com o uso da vinhaça, rica em potássio e considerada um coproduto da cana. A vinhaça é adicionada à água para ser aplicada no canavial, a chamada fertirrigação. “Também reduz os gastos com a aplicação deste fertilizante”, explica Perina.
Diversificação - Nas discussões desta terça-feira, o diretor executivo da Organização Internacional do Açúcar (ISO, sigla em inglês), Peter Baron, se referiu ao Brasil como “berço da diversificação” de produtos que têm a cana como matéria-prima. “A economia mundial mudou radicalmente nos últimos anos pelo aumento de pressões ambientais. Por isso, a produção de etanol e bionergia (alternativas ao açúcar) é muito importante”, informou.
Os participantes de 16 países produtores de açúcar da África, Caribe e Pacífico visitarão nesta quarta-feira (10) o Centro Tecnológico da Cana, em Piracicaba/SP e na quinta-feira (11), conhecerão uma usina de açúcar e álcool, em Jaboticabal/SP. (Inez De Podestà)
Fonte: Mapa

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Kátia Abreu rebate ministro Carlos Minc

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) rebateu com veemência, nesta terça-feira (2), em discurso no Plenário, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que, no final de semana, chamou os produtores rurais de "vigaristas". Para a senadora, o ministro "é um alienado da economia nacional" e está irritado porque ela, relatora da Medida Provisória 458/09, pretende modificar a proposta que regulariza a venda de terras da União na Amazônia.
A senadora recebeu o apoio de 15 senadores, em apartes. O ministro só foi defendido pelos senadores João Pedro (PT-AM) e Eduardo Suplicy (PT-SP), os quais disseram que o ministro havia pedido desculpas.
- Esses 'vigaristas' dão um terço dos empregos do Brasil. Esses 'vigaristas' são responsáveis por um terço das exportações brasileiras. Esses 'vigaristas' fazem o setor que mantém a balança comercial do Brasil com um superávit de 26 bilhões de dólares. O Brasil pode viver muito bem sem o senhor, mas o Brasil sentirá muito se perder os seus produtores rurais - disse.
Kátia Abreu tachou o ministro Carlos Minc de "ecoxiita" e afirmou que os produtores, "que ficaram acuados pelos ecologistas nos últimos 13 anos, não vão mais aceitar isso" e agora querem discutir a legislação ambiental. Para ela, os produtores não vão mais aceitar que "meia dúzia de ecologistas" dominem o debate ambiental no país.
A senadora disse que o ministro, que levou o presidente Lula a assinar um decreto com exigências ambientais rigorosas para os proprietários rurais, acabou por unir os produtores, "grandes e pequenos", contra a política imposta pelos ambientalistas. Ela disse que os produtores aceitam reflorestar as margens dos riachos e rios, mas não com as exigências do Ministério do Meio Ambiente, e sim com base em recomendações científicas da Embrapa.
A senadora também criticou pesadamente a organização não governamental (ONG) Greenpeace por suas ações no Brasil. Ela perguntou por que a entidade não luta para que a Europa faça o replantio de suas florestas, que hoje, afirmou, representam apenas 0,3% de sua cobertura florestal original. Lembrou que o Brasil mantém 51% de sua cobertura florestal e nunca viu o Greenpeace fazer um elogio aos brasileiros por isso.
- Ao contrário, eles nos tratam com deboche, nos dão 'prêmio motosserra' - acrescentou, lembrando que a Holanda, sede da ONG, emite 20 toneladas de carbono por pessoa/ano, enquanto no Brasil a emissão é de apenas duas toneladas. "Por que o Greenpeace não interfere lá?", completou.
- Meio ambiente não é religião, não é dogma, não é reserva de mercado. Não concordaremos mais com o autoritarismo ambiental - afirmou. Kátia Abreu lembrou que, a pedido do presidente Lula, a Embrapa Satélite fez um estudo e concluiu que, se for rigorosamente aplicada a legislação ambiental, 71% do território brasileiro não poderiam ser cultivados.
Ao final, depois dos elogios dos senadores que a apartearam, a senadora disse que o ministro Carlos Minc "fechou o diálogo por sua arrogância e injustiça". Afirmou que, no final, "não serão vencedores o ministro e seus seguidores e nem os produtores, mas sim os brasileiros".
A senadora, também presidente da Confederação Nacional da Agricultura, havia protocolado pela manhã, na Procuradoria Geral da República, uma denúncia contra o ministro Carlos Minc por crime de responsabilidade, por suas ofensas aos agricultores. Ela também encaminhou à Comissão de Ética Pública da Presidência da República um pedido de demissão do ministro.

Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 1 de junho de 2009

PECUARISTAS PAULISTAS TEM ATÉ DIA 8 DE JUNHO PARA COMPROVAR VACINA CONTRA AFTOSA

Vencido o período da vacinação contra a febre aftosa no estado de São Paulo, que foi de 1º a 31 de maio, o pecuarista tem até o dia 8 de junho próximo para comunicar a imunização do seu rebanho junto à unidade de defesa agropecuária do seu município ou na regional mais próxima da sua propriedade. Ele deve fazer isto de posse das notas fiscais comprovando a compra da vacina e a relação do gado vacinado. Nesta etapa de maio, a vacinação foi obrigatória somente no gado bovino até dois anos de idade, entretanto o pecuarista deve declarar a relação de todo o rebanho existente na sua propriedade. Segundo a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), responsável pela sanidade no Estado, a declaração total é importante para o controle do rebanho paulista. Iniciada em 1º de maio, a vacinação acontece anualmente em duas etapas – meses de maio e novembro. São Paulo completa 13 anos sem registro da doença. “A comunicação é tão importante quanto à própria vacinação”, explica o Coordenador da Defesa, Cláudio Alvarenga. Caso não o faça dentro do período, o pecuarista está sujeito a multas que são de 3 Ufesps( unidade fiscal de São Paulo – R$ 15,85) –o que dá um valor de R$ 47,55 por cabeça pela não comunicação no prazo e de 5 Ufesps, total de R$ 79,25 por cabeça pela não vacinação. Após isto, a CDA acompanhará junto ao criador a imunização de 100% do gado. São Paulo possui um rebanho da ordem de 12 milhões de cabeças, mas é um importante corredor de exportação da carne bovina brasileira. Na pauta do agronegócio paulista, a carne é o segundo item com US$ 3,16 bilhões em vendas externas, atrás somente do setor sucroalcooleiro.

Fonte: Mapa

Incidência de greening aumenta 30% no Estado de São Paulo

O número de talhões com sintomas do greening no parque citrícola do Estado de São Paulo aumentou 30% neste ano se comparado ao ano passado, de acordo com levantamento amostral da doença, realizado em março e abril pelo Fundecitrus.
No ano passado, a doença estava presente em 17,8 mil talhões e, neste ano, em 23 mil. O levantamento amostral de greening foi realizado por 250 inspetores, que percorreram 96 mil talhões, inspecionando 10% das árvores. O trabalho foi executado com recursos financeiros do Fundecitrus.
De acordo com o gerente técnico da instituição, Cícero Augusto Massari, o greening é uma doença que precisa de manejo adequado, mas muitos citricultores ainda não estão adotando as medidas necessárias nos termos da legislação vigente. “A erradicação não está sendo adotada como deveria e, por isso, a ocorrência do greening aumentou”, afirma.
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo realizou a fiscalização das propriedades citrícolas no mesmo período em que o levantamento amostral de greening foi feito. O objetivo desse levantamento é auditar o processo de inspeção e erradicação de plantas sintomáticas que o citricultor vem executando. Segundo Geysa Pala Ruiz, gerente do programa de combate ao greening da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, a ideia é analisar se o produtor vem cumprindo a nova Instrução Normativa (IN 53).
A nova legislação exige no mínimo quatro inspeções anuais e a entrega de dois relatórios durante o ano. Porém, se a incidência da doença for alta na região e na propriedade, quatro vistorias não serão suficientes. “A CDA está avaliando se o produtor faz inspeções adequadas e, se isso não estiver acontecendo, vamos prosseguir com a eliminação das plantas sintomáticas”, diz Geysa.
O produtor que não erradicar as plantas antes da fiscalização da CDA será penalizado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo com uma multa que varia de 501 a 3500 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) – de R$ 7.940,85 a R$ 55.475,00.


Greening em números
– 23 mil talhões contaminados do total de mais de 96 mil fiscalizados

– Região Sul – a mais afetada
36% de talhões contaminados com greening
1,23% de plantas doentes

– Região Central
33,1% de talhões com a doença
Continua sendo a região que concentra maior quantidade de árvores com sintomas (1,35%) e também municípios com maior incidência de greening

– Região Oeste
10% de talhões contaminados
0,06% de plantas sintomáticas

– Região Norte
3,67% de talhões com a doença
0,03% de árvores com sintomas

– Região Noroeste
0,10% de talhões com greening
0,0008 de árvores doentes

Fonte: Fundecitrus