quinta-feira, 30 de abril de 2009

Rebanho suíno brasileiro não oferece risco à população

O vírus H1N1, responsável pela atual epidemia de Influenza Norte-Americana, popularmente chamada de gripe suína, no México, Estados Unidos e Canadá, não foi identificado em rebanhos suínos no Brasil. Essa é uma das constatações do pesquisador Paulo Augusto Esteves, da Embrapa Suínos e Aves, unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
De acordo com ele, esse vírus é uma amostra nova, com origem desconhecida e ainda não está claro se a origem é de suínos. “O importante é informar que não temos amostras desse vírus aqui no Brasil e não há possibilidade de humanos serem infectados por contato com suínos”, enfatizou Paulo.
O vírus H1N1 (Influenza suína/A/California/04/2009) apresenta quatro segmentos genômicos (RNA) de vírus influenza: vírus suíno Norte-Americano (pelo menos 80% do genoma), vírus aviário Norte-Americano, vírus humano Norte-Americano e vírus suíno da Eurásia (Tailândia).
Projetos - Embrapa Suínos e Aves vem desenvolvendo projetos de pesquisa visando melhor entendimento da ocorrência e comportamento de diferentes agentes virais, dentre eles o da Influenza suína, no rebanho comercial nacional. “A avaliação da presença do vírus da influenza em suínos no Sul e Sudeste do Brasil mostra que os subtipos detectados nestes trabalhos diferem do novo subtipo que vem causando o problema de saúde pública em diversos países”, comentou o pesquisador.
Outra contribuição da Embrapa sobre o assunto é o desenvolvimento de um projeto, liderado pelas pesquisadoras Janice Zanella e Rejane Schaefer, que visa melhor caracterização dos subtipos de vírus existentes no rebanho suíno.
Além disso, a pesquisadora Janice, atuando no Labex-EUA (laboratório virtual da Embrapa), está envolvida em projeto de influenza suína do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), o que tem possibilitado a troca de experiências entre as duas Instituições de pesquisa.
Influenza suína - A influenza suína, ou gripe suína, é uma enfermidade respiratória causada pelo vírus influenza tipo A, que normalmente ocorre nos plantéis de suínos em todo o mundo. Raramente causa doença em humanos. (Monalisa Leal Pereira/Embrapa Suínos e Aves)
Acesse mais informações, nota técnica e entrevista de áudio com o pesquisador Paulo Esteves, no site da Embrapa Suínos e Aves (www.cnpsa.embrapa.br - link Influenza Suína).
Fonte: Mapa

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Câmara Setorial quer aumentar produtividade do milho

“O aumento da produtividade do milho é uma das prioridades do setor para 2009.” A declaração é do presidente da Câmara Setorial do Milho e Sorgo, César Borges, que conduziu os trabalhos do comitê, nesta terça-feira (28), em Brasília.
Para tratar do tema, foi criado um Grupo de Trabalho que buscará as ferramentas para as ações estratégicas de melhoria da tecnologia usada pelos agricultores. “A idéia é implementar um programa baseado em dois pilares. Na capacitação, importante para transferir conhecimentos tecnológicos aos setores produtivos, e na comunicação, que conscientizará produtores, técnicos e extensionistas sobre o conjunto de tecnologias, serviços e produtos que aumentam a produtividade do milho”, disse o representante da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Edivandro Seran.
Durante a reunião, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (SDA/Mapa) informou que o projeto para modificar a padronização oficial do milho será apresentado nos dias 25 e 26 de junho, em Brasília. Para dar sugestões ao tema, a Câmara criou, nesta terça-feira (28), um grupo técnico formado por produtores, indústria e exportadores de milho. A perspectiva é que o regulamento técnico entre em consulta pública, pelo prazo mínimo de 60 dias, seguida de reunião nacional para consolidar o projeto e publicá-lo. Já passaram por essa mudança de padronização as culturas da soja, em 2007; feijão, em 2008 e arroz, em 2009. A expectativa do Mapa é concluir a regulamentação do milho até o primeiro semestre de 2010.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2008/2009 o Brasil deverá produzir 51,9 milhões de toneladas de milho e exportar 8 milhões de toneladas cultivada em 14,4 milhões de hectares. O sorgo deve alcançar 1,8 milhão de toneladas, em 807 mil hectares. A área plantada aumentou 48,6% em relação ao resultado obtido em 2000, que foi de 543,2 mil hectares.
A oitava reunião ordinária da Câmara Setorial do Milho e Sorgo será em conjunto com a Câmara Setorial de Aves e Suínos, em Porto Alegre /RS, no dia 26 de maio.

Fonte: Mapa

IAC APRESENTA NOVAS VARIEDADES DE AMENDOIM E MILHO

Maior durabilidade e melhor qualidade nutricional são apenas duas das características das novas variedades de amendoim IAC, que serão apresentadas ao público pelo Instituto Agronômico – IAC / Apta, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto. As variedades IAC 503 e IAC 505 destacam-se pelo alto teor de ácido oléico — entre 70% a 80% — enquanto as tradicionais não ultrapassam os 50%. Esse ácido garante maior durabilidade ao produto; isto é, o armazenamento pode ser feito por maior tempo, sem perda de qualidade. O sabor de ranço deixa de existir, ao menos por um bom período, já que os óleos vegetais possuem outros ácidos em sua composição que conferem maior resistência à oxidação. Granulometria é outra característica, os novos materiais são superiores também na quantidade de grãos de maior tamanho, obtidos após o descascamento e a retirada das impurezas. O IAC 503 apresenta cerca de 30% a mais de grãos grandes que o Runner IAC 886. Outra novidade em grãos Outro destaque exposto na Agrishow 2009 é o novo milho híbrido IAC, mais produtivo e de menor custo. O milho híbrido IAC 8390 é competitivo aos melhores materiais disponíveis no mercado, com a grande vantagem de ser muito produtivo e com custo inferior de sementes. Segundo o pesquisador Eduardo Sawazaki, esse milho irá beneficiar tanto a produção de silagem como a de grãos. A expectativa é que esse híbrido alcance Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais para a produção de grãos na safrinha, sendo plantado em seguida à soja, afirma o pesquisador. O IAC 8390, de grãos duros e em cor alaranjado intenso, se somará às tecnologias paulistas que rompem fronteiras e levam melhoria no desempenho agrícola para outros estados. (Com informações da Assessoria de Imprensa do IAC). Conheça essas e outras variedades desenvolvidas pelo IAC no estande da Secretaria de Agricultura ou consultando o site: www.iac.sp.gov.br

quinta-feira, 16 de abril de 2009

CMN: novas regra de crédito para o setor rural

Novas regras de crédito para o setor rural foram definidas na reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) de hoje. Entre os votos aprovados sob indicação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está criação de uma linha de financiamento de até R$10 bilhões - com taxa de juros de 11,25% ao ano – para incrementar o capital de giro das cooperativas agropecuárias, agroindústrias e indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas.
Com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a linha de crédito terá subvenção econômica da União, sob a modalidade de equalização de taxas de juros. O prazo de reembolso é de até 24 meses, com até 12 meses de carência.
Para evitar a interrupção nas contratações ao amparo dos programas de investimento na virada do Plano Safra, uma nova resolução autoriza a concessão de crédito após a data-limite de 30/6/2009 , conforme as condições estabelecidas para a safra 2008/2009.
Financiamento - Outra medida importante é a autorização para que cooperativas tomem emprestado até R$ 20 milhões para fins de capital de giro não associado a projetos de investimento, não deduzido do limite fixado pelo Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop). A regra, que vale apenas na safra 2008/2009, estipula que esse limite pode ser elevado em até 100% quando destinado a empreendimentos das cooperativas centrais ou que tenham unidades em outros estados. O prazo máximo de reembolso é de 24 meses. Com a alocação adicional de R$300 milhões para essa finalidade, o total de recursos no Prodecoop aumenta de R$ 1,7 bilhão para R$ 2 bilhões.
Para os médios produtores, que se enquadram como beneficiários do Proger Rural, foi elevado o volume de recursos para financiamento no âmbito Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). O valor subiu dos atuais R$ 500 milhões para R$ 550 milhões.
Fonte: Mapa

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Renda agrícola de 2009 reage

A estimativa de março indica que a renda agrícola pode atingir o valor de R$ 153,84 bilhões, 4,45% abaixo da obtida em 2008, que atingiu R$ 161 bilhões. Os valores de 2008 e de 2009 são os maiores desde 1997, quando foi iniciada a série. Em janeiro, os dados indicavam queda de 8,8%, em valores reais (já descontada a inflação) e, em fevereiro, perda de 6,2%. O acompanhamento da renda agrícola é realizado mensalmente pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os levantamentos da Conab e do IBGE divulgados nesta terça-feira (7) mostraram que a produção de itens como arroz, milho, soja e cana-de-açúcar, será maior do que se esperava. Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, as novas estimativas refletiram no valor da renda, especialmente na soja, que indicavam redução de 9,2%, em janeiro. Para março de 2009, o aumento real previsto é de 1% . “Do mesmo modo, havia previsão de redução de renda para a cana-de-açúcar, o que não deve ocorrer pelos dados de março”, afirma Gasques.
Os produtos que devem apresentar aumento de renda em relação a 2008 são amendoim (43,78%), arroz (23,38%), cacau (22,1%), pimenta-do-reino (18,72%), mandioca (13,17%), cana-de-açúcar (5,63%) e soja (1%). Dos vinte pesquisados, dez apresentaram desempenho negativo e as maiores quedas, em relação ao ano passado, ficaram por conta do trigo (-29,6%), milho (-24,59%), algodão, (-22,14%) e tomate (-8,48%).
De acordo com o coordenador-geral de Planejamento Estratégico, a renda agrícola regional, em fase de elaboração, será divulgada em breve. (Inez De Podestà)
Fonte: Mapa

segunda-feira, 6 de abril de 2009




sexta-feira, 3 de abril de 2009

Associcana quer revisão do Consecana



Associação defende extinção da ATR relativa e transmissão ao vivo das reuniões da Orplana


A diretoria da Associcana de Jaú levou a reunião promovida pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), no dia 13 de fevereiro, em Águas de São Pedro, diversas reivindicações para que seja revisto o sistema de pagamento da tonelada de cana, o Consecana.
Segundo João Sérgio de Almeida Prado Filho, a Associcana quer a revisão do Sistema Consecana à cada dois anos (e não cinco como é hoje); a volta do juízo arbitral, um mediador de conflitos entre a Unica, que representa os usineiros, e a Orplana, que representa as associações de fornecedores; a extinção da “malfadada” ATR Relativa.
A Associcana quer também a transmissão ao vivo, em circuito fechado de vídeo-conferência das reuniões dos conselhos Consecana e Canatec, nas quais se discute, entre outros temas relevantes ao setor, a formação dos preços da cana. “A transmissão seria somente às associações, visando com isso, maior transparência das decisões tomadas nessas reuniões”, comenta. “Infelizmente, fomos voto vencido na extinção da ATR Relativa, que prejudica o pequeno fornecedor.”O presidente da Associcana, Antonio Augusto Beluca, diz que a associação está trabalhando para buscar melhorar o sistema de pagamento que hoje é adotado. “Mas nossa maior luta é para fazer valer um preço mínimo para nossa tonelada de cana, que cubra seus custos, de forma a que possamos ter um saldo positivo no fechamento da safra, trazendo, assim, tranqüilidade econômico-financeira aos fornecedores e suas famílias.” (José Renato de Almeida Prado)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pequena propriedade produz o melhor café do Estado



Sítio em Torrinha, com 3,1 hectare, recebe prêmio regional e estadual

Por Léa Almeida Prado

Na propriedade de nome sugestivo – Árvore da Vida – com 14 hectares, Fernando Loureiro, o dono do sítio e toda a vida dedicada ao café, quebrou paradigmas. Participou pela primeira vez de um concurso, com sua primeira safra e mostrou que é possível obter qualidade em 3,1 hectares de cafés plantados. Reuniu predicados em sua lavoura que lhe garantiram o primeiro lugar no 7º Concurso Estadual de Qualidade do Café, na categoria “Café Natural”. Como premio as 10 sacas de café do sítio Árvore da Vida foram comercializadas a R$ 880 cada.
Milagre? Não. Segundo Loureiro, amor pela terra e pela cultura seguida de bons tratos e manejos culturais. A cafeicultura está no sangue da família. “Meus avós já praticavam esse cultivo, meus pais continuaram e com eles aprendi a lidar com a lavoura”, conta, com orgulho.
De acordo com a assessoria de comunicações da Secretaria da Agricultura, o que chamou a atenção dos presentes foi a variedade dos dois primeiros colocados: a propriedade de Macedo Junior, que ganhou na categoria cereja descascado, tem tradição de mais de cem anos em café, enquanto Loureiro se destacou por produzir apenas em pouco mais de três hectares. “Não esperava o primeiro lugar, mas sempre há uma expectativa. Essa foi a primeira vez que participei”, recorda.

Em família

Todo o manejo e tratos culturais necessários são feitos pela família. A propriedade é vizinha com a do pai, Antonio Loureiro, 59 anos, que assim como a mãe, Nilva Tassim Loureiro, 58 anos, o irmão Flávio Loureiro, 29 e a irmã Nívia, 22, participaram de todo o processo. “Esse ano fiquei no terreiro virando o café. Eu e a Nívia, ajudamos também na colheita. O prêmio foi trabalho da família toda”, declara a mãe.
Praticamente 100% dos grãos foram colhidos em cereja, a derriça feita no pano e a secagem pelo método natural. Alceu Ricardo Gomes Liduenha, 27, agrônomo da Cooperativa Agrícola de Jaú diz que a cultura está muito bem preparada. “É uma lavoura nova e a tendência é de aumento na produção até se estabilizar. O plantio está com três anos e muito bem cuidado, com adubação de acordo com o recomendado”.
Clima: um dos fatores importantes

O acompanhamento técnico no sítio Árvore da Vida foi realizado pela engenheira agrônoma da Casa da Agricultura de Torrinha, Alda Rodrigues. Ela acompanhou todo o processo, desde a implantação da lavoura. A propriedade de Loureiro, onde são plantadas as variedades mundo novo e icatú, faz parte do programa de microbacia do Ribeirão Pinheirinho.
Segundo a agrônoma, o município de Torrinha, por causa da altitude propícia uma qualidade melhor de bebida de café. As lavouras plantadas entre 800m a 1000m de altitude, com variações de temperatura entre 20 graus e 22 graus, favorecem o cafezal. “Dos 10 classificados no concurso regional, 8 são de Torrinha, isso mostra a influencia climática no sabor da bebida”, diz Alda Rodrigues.
“A maioria das propriedades daqui é pequena de 10 a 15 hectares, a mão-de-obra é familiar”, prossegue. “Plantam, colhem, secam, tudo é feito com muito cuidado, com carinho, diferente de ser tratado por empregados.”
A faixa de altitude, temperaturas baixas, excesso de umidade e ventos favorecem o aparecimento de moléstias como o phoma na região. A doença surgiu também na lavoura de Loureiro. “Houve muita seca de rama no ano passado, mas nada que prejudicasse muito, entramos com os defensivos e foi combatido”, explica.
Como ganhador do primeiro premio estadual, Fernando Loureiro estava classificado para participar do concurso nacional, mas não tinha mais amostras de café para concorrer. “Passei meu lugar para o segundo colocado, que por sinal ganhou. Minhas chances eram muito boas”, reflete.
Conforme Alda Rodrigues, a participação no concurso nacional será difícil. “As lavouras são pequenas, não têm volume”. Para se obter uma saca de café beneficiado é preciso de três em coco. Em 1 hectare bem produtivo é possível se obter 30 sacas beneficiadas. “Vai ficar longe de se poder participar, a não ser que o regulamento mude. Temos vontade, mas a maioria é pequeno proprietário”, conclui. (LAP)

Stephanes: investir na agricultura é um bom negócio

“Investir na agricultura é bom um negócio porque dá retorno”, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes durante a abertura da 49ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (Expolondrina) nesta tarde (2).
Stephanes disse que pôde constatar a força do campo ao visitar as últimas feiras agropecuárias Cotrijal de Não-Me-Toque/RS e as de Campo Grande/MS e Rio Verde/GO. “Dos sete produtos que estão no topo da balança comercial, seis são agrícolas. Um terço das riquezas produzidas no País vem do campo”, enfatizou.
Defesa - O ministro lembrou que há dois anos, quando assumiu a pasta, alguns estados tinham problemas significativos de defesa sanitária com mercados importantes, como a Rússia e a China. Hoje, comemora os resultados obtidos não só junto a russos e chineses, como também com outros países e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que reconhece quase 60% do Brasil como livre de febre aftosa com vacinação. Stephanes reiterou a meta brasileira de erradicar a doença em todo o território nacional até o final de 2010.
Safra - Stephanes afirmou ainda que o governo está preparando o Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010. “Estamos trabalhando para garantir recursos que atendam a necessidade do setor”, completou.
Nesta sexta-feira (3), o ministro da Agricultura segue para Cascavel/PR, onde participa do lançamento oficial do plantio de trigo da safra 2009, a partir das 11 horas.
Fonte: Mapa - Assessoria de Comunicação Social

Dia de Campo - Associcana Jaú -


Etanol de cana-de-açúcar pode reduzir em 73% as emissões de CO2 na atmosfera

A substituição da gasolina pelo etanol de cana-de-açúcar pode reduzir em 73% as emissões de CO2 na atmosfera. A conclusão é de pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica/RJ, que avaliaram ainda a quantidade de gases de efeito estufa produzida em cada etapa do processamento do etanol e da gasolina.
A pesquisa foi desenvolvida com base em dados do painel de mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) e em medições diretamente no campo. Todo o processo foi avaliado, nas fases de emissão de gases na fabricação e aplicação de fertilizantes no campo, construção da usina de álcool e fabricação das máquinas e tratores. O mesmo procedimento foi adotado em relação à gasolina, considerando a emissão dos gases desde a extração do petróleo até a combustão do produto nos motores dos veículos.
Os pesquisadores avaliaram um carro movido a gasolina num percurso de 100 quilômetros e as emissões de CO2 no trajeto. O resultado foi uma redução de 73%, quando utilizado o veículo movido a álcool, comparado ao movido a gasolina pura. Em relação ao diesel, a queda foi de 68%.
A pesquisa mostra ainda que, caso a prática da queima para colheita da cana seja completamente eliminada e feita mecanicamente, os valores da redução das emissões alcançarão 82%, em relação à gasolina, e 78%, ao diesel.
Fonte: Mapa