quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ESTADO DISPONIBILIZA SEMENTES DE MILHO, SORGO E GIRASSOL A PREÇOS DE CUSTO

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (DSMM/Cati/SAA), está disponibilizando 60 mil sacos de sementes de milho, sorgo e girassol para venda em suas unidades. Os preços - de custo - em alguns casos chegam a ser até cinco vezes menores que os de mercado, o que é especialmente bem-vindo no atual momento, em que muitos agricultores tiveram seus plantios frustrados por fatores climáticos adversos e pelos altos preços dos insumos. “Houve seca, o plantio atrasou e muitos agricultores tiveram perdas. Agora, no período da safrinha, a produtividade é menor. Portanto, é preciso ter custos menores, com a oferta de produtos que, embora mais em conta, têm o mesmo potencial produtivo que outros e alto retorno. É aí que entra o papel do Estado, que acompanha a realidade do produtor bem de perto”, explica o engenheiro agrônomo, diretor do DSMM, Armando Azevedo Portas. Outra vantagem oferecida pelas sementes produzidas pela Cati é a garantia do rígido controle de qualidade em termos de germinação, ausência de contaminantes, dados de pureza e validade, para citar apenas alguns. “Se você utiliza uma semente ruim, vai demandar um maior uso de produtos químicos. Além do prejuízo financeiro, também pode sofrer uma contaminação da área com doença e/ou presença de ervas daninhas que não existiam ali antes. Ou seja, dependendo do problema, o custo pode até inviabilizar o negócio”, alertou o diretor da área de análise de sementes do DSMM, Edson Luiz Coutinho. Ele ressaltou, ainda, os perigos das sementes piratas. “Tem coisa ‘barata’ que sai cara. Então, é sempre melhor adquirir os produtos para sua lavoura em locais confiáveis”, aconselha. Além de aproveitar a capilaridade da Secretaria de Agricultura no Estado para disseminar essas possibilidades de diversificação aos agricultores, também foram impressos e enviados a produtores rurais, por mala direta, 15 mil exemplares de um informativo contendo as características das sementes de milho, girassol e sorgo, bem como outras informações sobre essas culturas. VARIEDADES - As diversas variedades de milho da Cati com a sigla "AL" são adequadas para plantio na safrinha e custam de R$ 1,80 a R$ 3 o quilo. Já o sorgo é uma variedade de dupla aptidão (grãos e forragem) e sai por R$ 5 o quilo de sementes, enquanto que as de girassol custam R$ 6 o quilo. “Nossas variedades de milho têm alta tolerância à acidez do solo e podem ser usadas em áreas com baixa fertilidade. São muito indicadas para renovação de pastagens, têm boa produtividade de grãos e excelente produtividade de massa verde para silagem”, diz Portas. Já o sorgo tem alta capacidade de produção de massa verde e tolerância à seca, boa produtividade se utilizado para produção de grãos e vigorosa rebrota após o corte, possibilitando a produção de pastagens verdes em plena seca. Pelo baixo custo das sementes, é muito utilizado como o último plantio possível, permitindo a cobertura do solo e obtenção de grande quantidade de palha para o plantio direto. As variedades de girassol Catissol (grãos pretos) - utilizadas para produção de óleo, e Multissol (grãos rajados) - para óleo e alimentação de pássaros, podem ainda ser usadas para produção de silagem e forragem para corte. Essa cultura tem a capacidade de ajudar na recuperação do solo, reciclando os nutrientes, daí o fato de também ser muito utilizada como adubação verde. Quando o girassol é destinado à produção de grãos também fornece receita adicional com a produção de mel, de até 40 quilos por hectare. SERVIÇO - Quem tiver interesse em conhecer o material produzido pelo DSMM deve procurar um dos Núcleos de Produção de Sementes. No caso específico do milho, também as casas de agricultura de todo o Estado. Os endereços estão disponíveis no site www.cati.sp.gov.br

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Canal Rural debate o fortalecimento das cooperativas agropecuárias

Nesta quarta-feira, 18/2, o programa Pergunta Brasil, do Canal Rural, debateu o alcance das medidas anunciadas pelo governo para beneficiar as cooperativas agropecuárias. O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou R$ 700 milhões para capital da giro das cooperativas no início do mês e as lideranças do setor aguardam pelo menos mais R$ 1,3 bilhão para amenizar a escassez de recursos para a produção agrícola. O assessor especial da Ocesp Américo Utumi, que também é diretor da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), participou do programa dos estúdios do canal em São Paulo, enquanto em Porto Alegre, ao lado da apresentadora Karin Felix, estava o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness no Rio Grande do Sul (Abag-RS) e vice-presidente da Cootrimaio, Antonio Wünch.

Utumi ressaltou que ao beneficiar as cooperativas, o governo certamente beneficia milhares de cooperados. “É a maneira mais fácil de beneficiar os pequenos e médios e produtores”, salienta. “É preciso verificar, no entanto, se o que está sendo divulgado pelo governo de fato corresponde à realidade, pois muitas vezes, por conta da burocracia, as medidas não chegam a beneficiar quem mais precisa”, complementa o assessor especial da Ocesp.

O representante do cooperativismo paulista também teve a oportunidade de orientar telespectadores de diferentes regiões do País a respeito da formação de cooperativas. Nesse caso, recomendou sempre que os interessados procurassem a unidade estadual do Sistema OCB/Sescoop-SP, que pode prestar a assessoria necessária.

Outro assunto em questão no programa foi a criação de agroindústrias por cooperativas. “Esta é uma medida que certamente traz benefícios aos cooperados, pois ao invés de vender produtos primários, a cooperativa tem a condição de agregar valor e ampliar a renda do produtor”, salientou Utumi.

Os entrevistados também falaram sobre a importância de garantir a credibilidade das cooperativas, por meio de resultados positivos, que em grande medida dependem da capacitação de dirigentes e demais cooperados. "Nesse sentido o Sescoop desempenha um papel formidável", disse o assessor da Ocesp.

Governo vai vender mais de 74 mil sacas de café

A Conab vai leiloar, nesta quinta-feira (19), 74,85 mil sacas de café arábica em grãos. A saca de 60 quilos terá preço de abertura de R$ 222. Esta é a primeira comercialização de estoques públicos do ano. Outras três operações estão previstas para as próximas semanas, com cerca de 130 mil sacas de café do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O produto que será leiloado nesta quinta-feira (19) é da safra 2002/03 e está depositado nos armazéns da Conab no Paraná. Segundo o diretor de Gestão de Estoques, Rogério Colombini, a medida vai contribuir para “regular preço e produto no mercado”. Os interessados devem cadastrar-se em uma bolsa de Mercadorias e estar em situação regular no Sistema de Registro de Controle de Inadimplentes da Companhia. A operação é eletrônica e os lances podem ser dados de qualquer estado do país. Nesta primeira oferta, o comprador terá até o dia 3 de março para realizar o pagamento. Histórico - No ano passado a estatal negociou apenas pequenos lotes de café, totalizando cerca de 8 mil sacas. A última vez em que a Companhia colocou no mercado grande quantidade de café foi em 2005, quando ofertou mais de 870 mil sacas, sendo negociadas cerca de 290 mil.

Produção brasileira diminui devido à bienalidade negativa

A produção de café para a safra 2009/10 foi estimada entre 36,9 milhões e 38,8 milhões de sacas de 60 kg pela Conab, queda devido à bienalidade negativa e devido a problemas climáticos e de altos custos nos tratos culturais. Já a exportadora Comexim estimou uma safra de 40,60 milhões de sacas. Segundo o Informativo Mensal do Café e Mercado, durante o mês de janeiro as atenções estiveram voltadas para as dívidas do setor. A dívida da cafeicultura está em torno de 4 bilhões de reais, sendo a maior parte do dinheiro do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira). O governo aprovou em janeiro novas condições para a cafeicultura. O produtor pode, por exemplo, pagar até março deste ano apenas 20% das parcelas de custeio já vencidas. O restante pode ser quitado em quatro parcelas anuais. Alguns produtores de Minas Gerais estão sofrendo com a broca no cafeeiro, consequência de uma panha mal feita na safra passada. Além disso, as condições climáticas estão favorecendo. No Paraná, quarto produtor de café do Brasil, a produção, para este ano, está estimada entre 1,65 a 1,8 milhões de sacas de 60 kg, queda de 36,7% em relação à safra passada. A área de produção do Estado foi reduzida devido às podas (esqueletamento) realizadas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SALDO COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO: SÃO PAULO TEVE AUMENTO EM JANEIRO DE 2009

Os produtos do agronegócio paulista apresentaram exportações decrescentes em janeiro deste ano (-8,8%), atingindo US$ 1,03 bilhão, já as importações tiveram maior diminuição (-29,2%), somando US$ 0,46 bilhão, o que resultou no aumento de 18,8% no saldo comercial em relação ao mesmo mês de 2008, de US$ 0,57 bilhão. É o que indica estudo realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic). “Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$ 3,98 bilhões para exportações de US$ 1,72 bilhão, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 2,26 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos se elevaram, pois as importações diminuíram mais do que as exportações”, afirmam os pesquisadores. Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, o agronegócio paulista não entra em déficit, porque as importações caem muito. “O efeito câmbio tem de ser levado em consideração na análise, pois melhora a situação para alguns produtos exportados, os quais tiveram mesmo recuperação de preços no cenário internacional”, afirma. A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado cresceu 9%, enquanto a participação das importações diminuiu em 3,1 pontos percentuais na comparação do primeiro mês de 2008 ao de 2009. Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo no primeiro mês de 2009 representaram 23,7%, ou seja, 0,6% a mais que no mesmo mês de 2008, enquanto as importações representaram 32,9%, sendo 0,2% superior à verificada no ano anterior. Em âmbito nacional, a participação dos produtos do agronegócio nos totais do País cresceu em termos das exportações (+7,5%) e recuaram em relação às importações (-2,5%), o que é interpretado pelos autores da análise - Sueli Alves Moreira Souza, José Roberto Vicente e José Sidnei Gonçalves - como uma elevada capacidade do agronegócio brasileiro em responder aos movimentos da crise mundial. (Veja análise completa no site www.iea.sp.gov.br)

Ministro da Agricultura: desmatamento zero e pecuária sustentável

“Não faz sentido desmatar cinco milhões de hectares para colocar cinco mil bois. Eu defendo desmatamento zero no bioma amazônico”, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, durante palestra sobre As alternativas para a produção sustentável na Amazônia Legal, no Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, nesta quarta-feira (11), em Brasília.
Stephanes defendeu a prática da pecuária sustentável com base no sistema de integração lavoura-pecuária. “A intensificação de estudo dos solos para avaliar as condições de áreas que possam utilizar essa tecnologia é uma das medidas em análise para sustentabilidade da Amazônia Legal”. (Lis Weingärtner)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Leite terá linha especial para comercialização

A Linha Especial de Comercialização (LEC) deverá ser implementada, até o fim deste mês, por meio de portaria interministerial. Em relação aos leilões do Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), neste ano já foram realizados três e ofertados 600 milhões de litros do leite”. A declaração é do coordenador-geral para Pecuária e Culturas Permanentes, da Secretaria de Política Agrícola, João Antônio Fagundes Salomão, que apresentou, nesta terça-feira (10), as medidas do governo de apoio ao setor de lácteos, na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite.
Agora há pouco foram arrematados 51 milhões de litros, o que representa 25,5% dos 200 milhões de litros disponíveis. A expectativa é que ocorram mais dois leilões de 200 milhões de litros em março, o que totalizará um bilhão de litros ofertados. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Alvim, só no próximo mês será realizada a estimativa de consumo e produção das 15 maiores indústrias brasileiras do setor lácteo.
Riispoa - Outro tema abordado na reunião foi o andamento do Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (Riispoa), que recebeu 3,6 mil sugestões durante o período de consulta pública. Com isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) encaminhará pedido para que o tempo de análise das propostas, que terminaria em 28 de fevereiro, se estenda por mais 90 dias. Em relação ao setor de lácteos, 27 entidades encaminharam sugestões. Antes do projeto seguir para a consultoria Jurídica do Ministério da Agricultura, a consolidação dos dados será apresentada aos membros de cada setor

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Renda agrícola cai 8,4% e perda deve chegar a R$ 13,7 bilhões em 2009, de acordo com o Mapa

A estimativa da renda agrícola para este ano aponta queda de 8,4% comparada aos resultados de 2008, sendo que os maiores prejuízos são para o milho, soja e café. Em valores absolutos, a renda deverá ser de R$ 149,6 bilhões, R$ 13,7 bilhões menor que no período anterior (R$ 163,4 bilhões).
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, assegura que esse resultado reflete dois aspectos: a baixa produção de grãos devido, especialmente, aos problemas climáticos na região Sul e em outros estados, e aos preços mais baixos dos produtos agrícolas. “O efeito destes fatores está fazendo com que a renda do produtor rural sofra forte declínio neste ano”, avalia. Ainda de acordo com Gasques, a estimativa para 2009 está muito próxima ao da renda de 2003, que foi de R$ 148,5 bilhões.
Entre os vinte produtos já analisados, cinco apresentaram aumento de renda em relação ao ano passado. Os maiores incrementos foram no amendoim (31,3%), laranja (13,6%) e arroz (12,7%). Para Gasques, estes resultados se devem à maior produção ou pelo melhor preço, ou, ainda, a combinação dos dois fatores.
Prejuízos - A redução de renda em 2009 acontece principalmente pelo baixo desempenho de importantes lavouras na formação da renda da agricultura. O coordenador do Ministério da Agricultura explica que as baixas ocorridas no café, milho e soja se manifestam com elevada intensidade no resultado total, pois essas três lavouras representam 45,6% do valor da produção agrícola. Milho e soja, isoladamente, respondem por 38,6%. Deste modo, o desempenho dessas lavouras tem efeito insatisfatório na formação da renda. Gasques destaca que a menor renda de milho e soja se deve a problemas climáticos e do café ocorre pelo que se chama de bienalidade - um ano de boa produção vem acompanhado de outro de menor produção -, como é o caso da safra atual.
Os preços foram outro fator responsável pela queda de renda. Os valores vigentes no período de cálculo da renda são menores do que a média dos utilizados para se obter a renda do ano anterior. “Com base nesses dados, a produção menor e os preços mais baixos direcionam a agropecuária brasileira a uma perspectiva, até o momento, não muito animadora”, pondera Gasques.

Câmara Setorial do Leite define ações para o setor

As medidas de apoio ao setor de lácteos serão discutidas durante a 18ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, nesta terça-feira (10), às 14 horas, em Brasília. No encontro, também serão definidas a agenda de ações para a afiliação do Brasil na Federação Internacional do Leite (FIL) e as contribuições da Câmara para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2009/2010).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

De acordo com o Mapa, Brasil pode colher segunda melhor safra da

Diante da previsão de colher a segunda maior safra de grãos da história, depois do ciclo 2007/2008 (de setembro a junho), a produção nacional ainda sofre os efeitos do clima, com redução prevista entre 6,5% e 8%. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante o anúncio do quinto levantamento da safra de grãos 2008/2009. De acordo com a Conab, a atual safra está estimada em 134,7 milhões de toneladas, 6,5% (9,4 milhões de toneladas) inferior à obtida na anterior (144,1 milhões de toneladas) e 1,7% sobre a pesquisa de janeiro (137 milhões de toneladas).
A área plantada para esta safra está estimada em 47,9 milhões de hectares, 0,9% a mais comparada à safra anterior (47,4 milhões de ha). “A área de plantio nos últimos cinco anos se mantém em torno dos 47 milhões de hectares”, observa Stephanes. O ministro disse ainda que as condições de comercialização hoje são melhores do que na época do início do plantio e o governo federal tem assegurado recursos de crédito e de comercialização para a produção brasileira. Stephanes citou a reação de preços e de mercado para a soja, que vai proporcionar rentabilidade para os produtores. Os preços do açúcar e do etanol também estão bons, apesar de problemas estruturais do setor, afirmou o ministro. O preço do milho vem melhorando, inclusive no mercado externo e o de arroz manteve-se no mesmo patamar. Ao mesmo tempo, o País poderá fazer compras de trigo da Rússia diante da quebra da produção da Argentina, grande exportadora desse cereal de inverno.
Para o diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab, Sílvio Porto, o registro de quebra na safra devido à estiagem já estava contabilizado no estudo realizado pelos técnicos desde novembro do ano passado, principalmente nos estados do Sul e em Mato Grosso do Sul. As maiores perdas foram no Paraná com as culturas da soja, feijão e milho. Registrou-se quebra de quase 600 mil toneladas nas lavouras de soja e redução também na de milho, de 50 mil toneladas, em Mato Grosso do Sul.
O estado do Rio Grande do Sul também sofreu com a seca, onde houve redução de 880 mil toneladas de milho. A soja nesse estado foi plantada mais tarde e houve replantio com expectativa de recuperação. “Infelizmente, os prognósticos da previsão de tempo para os próximos três meses para a região sul apontam probabilidade de chuva de 40% abaixo da normal e não sabemos ainda qual será o impacto até o final do ciclo da soja”, avalia Porto.
Já o arroz em Mato Grosso teve recuperação na área de plantio que garantirá o abastecimento interno neste ano. A reação do milho safrinha, que começou a ser plantado em janeiro e vai até 15 de março, animou o governo porque na primeira safra, houve queda de sete milhões de toneladas em relação à safra passada (50,3 milhões de toneladas).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mapa divulga 5º levantamento da safra de grãos 2008/2009

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, divulgam o resultado do quinto levantamento da safra de grãos, ciclo 2008/2009, nesta quinta-feira (5), às 9h30, no auditório térreo do Mapa, em Brasília.
A produção atual de grãos projetada pela estatal, em janeiro, em 137 milhões de toneladas. O estudo vai mostrar os reflexos das estiagens no Sul do País e em Mato Grosso do Sul, desde novembro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Novos equipamentos favorecem produção

Nova tecnologia para medir a firmeza de folhagens e um sensor para irrigação de precisão serão mostrados pela Embrapa Instrumentação Agropecuária na 21ª edição do Show Rural Coopavel, de 9 a 13 de fevereiro, em Cascavel/PR. A unidade da Embrapa, de São Carlos, promove a melhoria do processo de pós-colheita e desenvolve pesquisas para medir danos físicos e qualidade na cadeia produtiva.
O equipamento de pós-colheita, o Wiltmeter, mede a turgescência de folhosas, ou seja, a firmeza e a murcha das folhas. O instrumento portátil calcula a hidratação das folhas após a colheita e durante o armazenamento. O sensor para irrigação de precisão reduz o desperdício de água usada pela agricultura. A média mundial, cerca de 70% dos recursos hídricos disponíveis são destinados à irrigação.
O pesquisador André Torre explica que o monitor permite a leitura imediata ou o armazenamento de dados, por até um mês, em sua memória. Pode ser utilizado para auxiliar o planejamento logístico do corte e carregamento de cana-de-açúcar, pois identifica a umidade ideal do solo para que o processo de colheita transporte o mínimo de impurezas para a moenda. (Lis Weingärtner, com informações da Embrapa)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Café: produtor pede alto e dificulta venda no físico

O mercado físico de café está movimentado, com a melhora nos preços. "Falta, no entanto, conciliar valores da oferta de comprador e o pedido do vendedor", informa um corretor de Santos (SP). O café cereja descascado, por exemplo, tem oferta de tomador a R$ 290 a saca. O produtor, no entanto, sugere R$ 300, dificultando o negócio. De acordo com a fonte, "os compradores estão na praça, mas o produtor insiste em pedir valores cada vez mais altos". Stockler, Volcafé, Unicafé, Rio Doce e torrefadora Santa Clara são algumas das empresas com interesse de compra. A moeda norte-americana fechou ontem em baixa de 2,32%, a R$ 2,2750. Na praça de Santos, foi relatada a venda de café da cooperativa dos cafeicultores de Três Pontas, no sul de Minas, para a exportadora Unicafé. O produto, tipo 6, fino, bebida dura, com 12% de catação, teria sido negociado a R$ 285 a saca de 60 kg. Café tipo 6, da mogiana paulista, com 15% de catação, teria sido vendido a R$ 280 a saca. A Stockler teria comprado cerca de 1.200 sacas do produto. Levantamento preliminar do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostra que os embarques de grãos verdes em janeiro, até o dia 27, alcançavam 1.460.590 sacas, em queda de 29,3%, em relação ao observado no mesmo período do mês anterior. Em dezembro foram embarcadas 2.968.259 sacas. Este mês, até o dia 27, foram emitidos certificados de origem de 1.788.910 sacas, resultado 18,8% menor em comparação com o mesmo período do mês anterior. (Vetquímica)